Alguns indicadores mostram a trajetória de aumento da qualificação de Portugal conforme comparações internacionais, contudo, tem ainda um longo percurso no ensino superior se pretender continuar a convergir com os países mais desenvolvidos. Não obstante os avanços registados, existem áreas em que a procura tem vindo a diminuir e que, potencialmente, poderá agravar-se face à estimativa de quebra demográfica.

As instituições do Ensino Superior desempenham neste desafio um papel decisivo, sendo necessárias políticas públicas que removam os obstáculos ao acesso ao Ensino Superior, que estimulem a inovação e a qualidade no ensino, que promovam a articulação entre o ensino, a investigação científica e a valorização e transferência do conhecimento.

Face ao exposto, apresentam-se alguns tópicos que merecem análise:

• Avaliar as provas de acesso no domínio das ciências agrárias, em sintonia com a denominação dos cursos;
• Alargamento e diversificação da base de recrutamento de estudantes para oferta educativa no domínio agrário;
• Articulação entre o ensino profissional e o ensino superior, privilegiando o conceito de fileira e estratégias regionais de fixação de talento;
• Avaliar a evolução do ensino agrário ao nível dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais – CTeSP.
• Face à diminuição de estudantes inscritos nas disciplinas de física e biologia, delinear estratégias de estímulo do ensino das ciências no ensino secundário;
• Pensar o acesso ao nível da formação avançada, nomeadamente no plano dos mestrados e doutoramento e mesmo à luz de cenários de aprendizagem ao longo da vida.